Bem, foi mais um fim de semana normal, viagem de autocarro para Barcelos, copos (enquanto havia cerveja), os caloiros a esquecerem-se de coisas, os bandeirinhas mais uma vez a não deixarem cair o pau, o Adolfo a partilhar no Insta 15 vídeos dele a cantar, pisaduras e aprendizes em malas de carros, tudo normal como disse. Vamos por partes, eu confesso que até vi o saco das baquetas no autocarro, mas achei que seria mais entusiasmante não dizer nada! E foi!! A reação do chefe de naipe foi linda! Pior do que quando soube que o Boavista ia acabar! Moral da história, deixar sempre um caloiro para trás para trazer o que falta. O espetáculo, o que posso dizer... É o costume, sofrível... Microfones sem dar (e ainda bem para alguns), estandartes sempre no ar, pandeiretas sem ganhar, e Adolfo a partilhar (os vídeos)! Lá trouxemos 3 galos para fazer um arroz de cabidela, mas atenção que o dourado é mais rijo, mas a receita deixo para o meu amigo Gastrónomo! Ah, e encontrei um telemóvel...
Dizem-me os sábios da boémia que o tempo é o melhor mestre do tuno; todavia, observo que alguns discípulos, tendo envelhecido sob o peso da capa, esqueceram as lições que o próprio tempo lhes ensinou. Muitos há que, ao erguerem a voz contra as faltas dos caloiros, se esquecem das suas próprias façanhas — as quais, por decência, o esquecimento tenta sepultar. E, no entanto, “quem exige perfeição no aprendiz, revela apenas a imperfeição da sua memória”. Há ainda os que desejam que todo o caloiro seja o espelho do seu passado idealizado. Não compreendem que a virtude da Tuna não reside na cópia, mas na diferença; que o espírito académico floresce melhor quando há quem desafine — desde que o faça com alma. Nem todos os tunos possuem igual ardor; uns dão o coração, outros apenas o compasso. Mas se a música é feita de diferentes notas, por que motivo haveria de exigir-se que todos toquem no mesmo tom? “A sabedoria do mestre revela-se mais em compreender os seus que em julgá-los.”...