Pois bem, meus queridos paroquianos, aconteceu o impensável: o nosso Grupo dos Homens de Fé , aquele que se orgulhava de ser tão masculino quanto um churrasco de domingo, recebeu… uma nova alma. Uma alma nascida como Eva, mas que encontrou no nosso seio um lugar de conforto e fraternidade. Confesso que, ao início, pensei que fosse uma nova estratégia de evangelização. Mas não — era mesmo sério! E lá fiquei eu, entre o Génesis e o Google, a tentar perceber onde é que estava o manual de instruções para isto. Afinal, a Bíblia diz que “Deus criou o homem e a mulher” — não mencionou esta opção. Mas, como bom padre do século XXI, lá decidi respirar fundo e recordar que Jesus também conviveu com fariseus, cobradores de impostos e até pescadores sem licença . Portanto, quem sou eu para não acolher mais um membro do grupo? Ainda assim, há limites: se o grupo dos homens começar a pedir baton e glitter, prometo convocar um exorcismo… litúrgico, claro está. Até lá, seguimos juntos — ...
"O que é isto?"